• CLUBE DE VOO LIVRE GUARUJÁ SP - PARAPENTE & PARAMOTOR

Cuidados com o glider

Mantenha a manutenção em Dia

Como revisar o equipamento

Manter seu equipamento com revisão em dia, é sua segurança

Todo equipamento de voo, tem a sua vida útil. A luz solar que nos auxilia nos voos, também atua nas fibras do tecido fazendo com que este vá se deteriorando, isto é inevitável.A umidade também faz com que as linhas de um parapente se modifiquem no comprimento e assim, a trimagem sofre mudanças que podem ser perigosas ou tirar a performance de seu equipamento ou até mudar sua categoria, uma vela C pode virauma D ou ficar com performance de uma B.
.

Teste Porosidade

Porosímetro. Antes do processo de medição os pontos a serem medidos deverão ser inspecionados quanto a avarias.
Pequenas avarias do revestimento na área de medição adulteram o resultado, o teste será feito em 5 pontos do extra-dorso e 3 pontos no intra-dorso. Dos respectivos valores será criado uma media geral que representa o grau de porosidade.
Caso um dos valores desviar muito da média, a área de medição deverá novamente ser inspecionada quanto a avarias e, eventualmente ser deslocada.
Para a avaliação do estado geral do equipamento, deverá ser considerado somente o valor médio das medições da vela superior.

Tabela com Parâmetros da Classificação do Teste Porosidade

-   0  à     5 Seg – ( Não recomendamos usar, riscos de parachutagem )
-   6  à   20 Seg – ( Muito usado, mas ainda voável )
- 21  à   60 Seg – ( Usado, voável )
- 61  à 120 Seg – ( Pouco usado, semi novo )
- +  de 120 Seg – ( Excelente, novo )

Teste Resistência do Tecido

Lembrando que os parapentes são submetidos a testes em sua homologação para suportar 8x o peso indicado e continuar voando. Na revisão o teste é

realizado com aparelho Betsometer, dependendo do fabricante e tecido existe um valor aceitável para então o equipamento não colocar em risco de rompimento de células em situações extremas – ( Assimétricas e Front-stoll )

Parâmetros da Classificação e Resistência do Tecido

Valores aceitáveis : 600 Gramas, se o mesmo romper com menos de 600 gramas será reprovado na manutenção, se não romper daremos continuidade a revisão geral.

Inspeção Geral e Conferências dos Elementos de Conexões – Tirantes

- Inspeção das fitas dos tirantes;
- Costura dos tirantes;
- Conferência das medidas dos tirantes para veirificação se estão dentro das medidas padrões conforme norma de homologação;
- Carga de 20 KG nos tirantes;
- Conferência de simetrías dos tirantes;
- Inspeção dos mosquetinhos, lacres dos mosquetinhos e magnéticos.

Inspeção Geral das Linhas

- Checagem individual das linhas;
- Checagem das costuras das linhas;
- Conferências das medidas das linhas para verificação se estão dentro das medidas padrões conforme norma de homologação;
- Carga 20 KG nas linhas;
- Conferência de simetria das linhas.

A carga nas linhas são dadas no set completo para deixar todas as linhas nas medidas originais, pois as linhas dos tirantes C / D sofrem menos cargas podendo ter alterações das medidas, assim seu parapente irá apresentar reações e comportamentos fora do padrão – (Vela em stall )
Isto somente irá acontecer se não for realizado a revisão anual conforme exigências das normas de homologação


Tabela com Parâmetros da Classificação e Resistência das Linhas

Mede-se a resistência das linhas pegando sempre a linha dos tirantes A , linha do centro sendo esta que mais sofre carga comparado as outras, havendo um desgaste maior se comparados as outras em geral.

Valores resistência quando nova, neste caso existe uma variação dependendo da espessura das linhas.
- Linhas de espessura 1.1 o valor máximo quando nova 80 á 90 KG.
- Linhas de espessura 1.5 o valor máximo quando nova 130 á 140 KG.
- Linhas de espessura 2.1 o valor máximo quando nova 230 á 240 KG.

Valores resistência quando usada, neste caso existe uma variação dependendo da espessura das linhas.
- Linhas de espessura 1.0 o valor aceitável 30 KG.
- Linhas de espessura 1.5 o valor aceitável 60 KG.
- Linhas de espessura 2.1o valor aceitável 100 KG.

Inspeção Geral do Tecido e Costuras

- Checagem de todo tecido extra-dorso;
- Checagem de todo tecido intra-dorso;
- Checagem das partes internas sendo diagonais e perfis;
- Checagem do todas as costuras em geral.

Inspecao Geral Parapente

- Teste de porosidade;
- Teste de resistência das linhas;
- Teste da resistência do tecido – (Se necessário);
- Inspeção de todas as linhas, costuras, medidas, aplicação individual de carga e simetria;
- Inspeção das costuras intradorso, extradorso, perfis, reforços, alças das linhas;
- Inspeção visual do tecido intradorso, extradorso, bem como perfis e diagonais para avaliação dos rasgos, manchas e deformações;
- Inspeção de todas as costuras das junções dos painéis;
- Emissão de um laudo junto ao parapente com descrição de serviços executados e estado geral.

Inspeção Geral Selete

- Inspeção das costuras e tecido parte externa – ( Costas );
- Inspeção das costuras, fitas, fivelas e roldanas;
- Conferência de simetria das fitas em geral;
- Emissão de um laudo junto da selete com descrição de serviços executados e estado geral.

Inspeção Mochila e Acessórios em Geral

- Inspeção das costuras, tecido, zíper e fivelas em geral;
- Emissão de um laudo junto a mochila com descrição de serviçoe executados e estado geral.

Inspeção e Redobragem Para quedas  de Emergência (reserva)

- Inspeção do tirante e costuras;
- Inspecao dos tecidos e redobragem do reserva;
- Troca dos elásticos.

É recomendável, para quem voa regularmente, uma revisão a cada 100 horas ou seis meses. Se voar pouco, ainda assim, um controle por ano, já que o equipamento pode sofrer alterações ,mesmo se não for usado, em virutude de umidade e outros fatores.

Preste atenção nos seguintes sinais:

  •  Inflagem lenta;
  •  Perda de homogeneidade ao inflar;
  •  Pontos danificados aparentes;
  •  Sensação de lentidão, em posição de velocidade máxima;
  •  Respostas negativas as inflagens;
  •  Reações lentas aos comandos; 
  •  Comportamento estranho em curvas .
  • Atenção ao calor, uma vela mesmo nova, deixada em um porta-malas pode ser destruida, já que as temperaturas de um porta-malas podem facilmente chegar aos 80ºC. As linhas podem encolher a 70º e não voltar.

 

Na hora de Comprar

A categoria (ou homologação) é um dos principais fatores a serem levados em consideração na hora de se comprar um parapente. Ela diz respeito à performance e segurança passiva do parapente durante um voo, e tal como um carro de corrida, a performance é inversamente proporcional à segurança passiva. Os projetos atuais são testados de acordo com a norma EN ou LTF. A EN é uma norma europeia, similar ao INMETRO que temos aqui no Brasil, enquanto a LTF é uma norma da Federação Alemã DHV.

Durante o processo de homologação, são feitos dois testes essenciais: o 1º diz respeito à resistência estrutural, onde o parapente é literalmente destruído, e a quantidade de força utilizada para isso é medida.

O 2º teste é o de voo, onde são testadas as suas reações durante algumas manobras e colapsos específicos. Nesse teste, recebe notas de A a D, onde A significa o máximo de segurança, e o D, um equipamento que necessita de resposta ativa do piloto para recuperar o voo. A nota mais baixa determina a homologação final do projeto. Ou seja, um parapente pode tirar notas A em todos os quesitos, mas se tiver um único C, ele será homologado como C. Isso determinará o nível de habilidade que o piloto precisa ter nos momentos mais apimentados do voo. Neste exemplo, por mais que o parapente tenha quase sempre um comportamento A, em algum momento do seu voo, será preciso uma habilidade intermediária/avançada para sair de determinada situação. Por isso, o melhor é levar em conta sempre sua nota final, e não fazer cálculos malucos ou levar em consideração notas isoladas. Lembre-se que enquanto estão abertos, as únicas diferenças entre um parapente A e um D é a velocidade e o planeio, mas quando fecha, a história muda…

Não existe milagre, A gramatura do tecido está ligado diretamente a durabilidade, porém, influencia no peso e nas reações da vela, até uma adesivagem tira a homologação da vela, então o tecido muito leve vai diminuir a durabilidade da vela e o muito pesado dificulta o rendimento da vela. O correto é comprar vela usada com laudo.

Linhas mais finas nos parapentes de performance teriam que ser trocadas a cada 100 horas de voo - o que normalmente os pilotos não trocam e também não estariam dispostos a pagar por elas pois o custo é considerado alto.

 

Peso

Para saber em qual faixa de peso é melhor voar, você deve levar em consideração o tipo de voo que irá fazer. O que você deve ter em mente é que o desempenho do parapente mudará de acordo com a condição e com a carga alar.

Relembrando alguns conceitos:

Carga alar: peso que o conjunto terá durante o voo. Isso inclui peso do piloto, da vela, selete, mosquetões, e tudo mais que você estiver carregando durante o voo;

– A menos que a carga alar seja alta o suficiente para distorcer o velame, o planeio não será afetado, ou seja, você afundará no mesmo ângulo de planeio, mas com uma velocidade maior.

Existem prós e contras de se voar em diferentes faixas de peso:

Voando Leve Voando Pesado
Você voa mais devagar Você voa mais rápido
Taxa de descida é menor Taxa de descida é maior
Subir em térmicas ou lift fracos é mais fácil Subir em térmicas ou lift fracos é mais difícil
Pressão menor nos freios Pressão maior nos freios
Maior tendência ao estol e a negativas Menor tendência a giros negativos
Recuperação de estol e negativa menos agressiva Recuperação de estol e negativa menos agressiva
Menor resistência a colapsos Maior resistência a colapsos